Técnicos do Ministério da Defesa iniciaram nesta quarta-feira a análise dos códigos-fonte das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de outubro deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A inspeção do material ocorre um dia após a pasta encaminhar um ofício "urgentíssimo" cobrando o agendamento de uma data para que a realização da vistoria fosse feita. A possibilidade de analisar o código-fonte está aberta às entidades fiscalizadoras desde outubro de 2021.
Nesta quarta-feira, nove técnicos da Defesa analisavam cerca de 17 milhões de linhas do código-fonte em uma sala localizada no subsolo do TSE. Ao mesmo tempo, parte de uma equipe do partido PTB também conclui sua análise, prevista para acontecer até o próximo dia 5
No caso do Ministério da Defesa, a avaliação do material ocorrerá até o próximo dia 12, conforme solicitado pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira. Participaram da inspeção nesta quarta-feira oficiais do Exército, Marinha e da Aeronáutica.
A inspeção dos códigos-fonte é uma possibilidade facultada pelo TSE a entidades fiscalizadoras autorizadas a fazer auditoria do processo eleitoral, prevista em resolução.
Desde 2021, sete entidades se inscreveram para participar do processo, dentre elas três partidos políticos. O PV e PL, que não concluíram o procedimento, e o PTB, que está realizando essa etapa.
Em 2021, as Forças Armadas foram incluídas pelo TSE, juntamente com outras entidades, na Comissão de Transparência das Eleições (CTE), criada com o propósito de ampliar a transparência e a segurança de todas as etapas de preparação e realização das eleições.
Procurado, o ministério afirmou que, apesar de os dados estarem disponíveis desde o ano passado, cabe à Corte Eleitoral agendar uma data e designar um técnico para acompanhar os trabalhos das Forças Armadas nas urnas. A respeito do carimbo de 'urgentíssimo', a pasta argumenta que se justifica pela proximidade do primeiro turno das eleições, marcado para o dia 2 de outubro.
Na segunda-feira, o TSE reuniu mais de 150 pessoas, entre representantes das diversas entidades com legitimidade para atuar na fiscalização do processo eleitoral de 2022, incluindo membros das Forças Armadas. A reunião teve o objetivo de obter esclarecimentos sobre etapas, métodos, locais e formas de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação previstas na norma que disciplina o tema.
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