O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva costurou durante a sua passagem por Pernambuco na semana passada o apoio de lideranças do PSB local à retirada da candidatura do deputado Alessandro Molon ao Senado no Rio. O diretório pernambucano é o mais influente no comando nacional do partido e esse apoio deve sacramentar a saída do parlamentar da disputa .
De acordo com uma liderança do PSB, chamou a atenção o fato de Lula ter procurado diretamente nomes como o governador Paulo Câmara e o prefeito de Recife, João Campos, para tratar do tema. Até então, as demandas do ex-presidente nas negociações com o partido aliado vinham por meio de interlocutores.
Após os apelos feitos por Lula, a cúpula do PSB pernambucano se reuniu e acertou que atuaria para a retirada de Molon da disputa e para o apoio ao presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano (PT), ao Senado na chapa que terá Marcelo Freixo (PSB) como candidato a governador.
Na noite de quarta-feira, o candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Danilo Cabral, defendeu no Twitter o "cumprimento de acordo" no Rio. "O PSB fez uma aliança nacional com o PT. Os compromissos firmados devem ser cumpridos em todos os estados. No Rio de Janeiro, coube ao PSB indicar o candidato a governador, Marcelo Freixo. E cabe ao PT indicar o senador. Acordo é para ser cumprido", escreveu.
Com dificuldade nas pesquisas, Cabral depende do engajamento de Lula em sua campanha para crescer no estado natal do ex-presidente. A líder Marília Arraes (Solidariedade) tem explorado a imagem do líder petista, mas na sua passagem pelo estado Lula afirmou que o seu candidato em Pernambuco é Cabral.
Segundo dirigentes do PSB, o objetivo agora é encontrar uma forma de retirar Molon da disputa sem desgastar a imagem do deputado, que chegou a ter a candidatura homologada em convenção na semana passada.
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