Senador Renan Calheiros
Agência Brasil
Senador Renan Calheiros


Uma ação na Justiça Eleitoral protocolada na tarde desta segunda-feira pede o adiamento da convenção do MDB que homologaria a candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MS) em formato virtual. Integrante da ala emedebista que apoia a candidatura do ex-presidente Lula (PT), o senador Renan Calheiros (AL) foi o principal articulador da medida judicial.

Calheiros defende o adiamento do evento , que seria realizado nesta quarta-feira, para 5 de agosto sob a justificativa de que o partido tenha mais tempo para discutir se a candidatura própria é viável.

O grupo do MDB que apoia Lula tem defendido que a convenção ocorra no modelo presencial. No entanto, a estratégia judicial foi questionada por algumas das lideranças. No pedido encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que está no nome de Hugo Wanderley Caju, que é delegado do MDB na convenção, o principal fundamento jurídico utilizado é a falta de sigilo do voto por meio de convenção virtual realizada pela plataforma zoom.

Nas últimas semanas, Calheiros têm dito que o presidente nacional do MDB, o deputado Baleia Rossi, não teria cumprido o compromisso de realizar uma reunião entre junho e julho para reavaliar o potencial eleitoral de Tebet.

No entanto, a direção nacional do MDB rebate o questionamento do senador. Acrescenta ainda que a executiva da legenda realizou pelo menos cinco reuniões em que o senador não se manifestou sobre o assunto. No último dia 15 de julho, quando aconteceu o último encontro da executiva, alguns membros do MDB lulista não fizeram questionamentos contra a realização da convenção no dia 27.

Calheiros alerta para o risco de encolhimento do MDB com uma candidatura "frágil" e teme que a sigla repita os mesmos erros de 2018, quando lançou a candidatura do ex-ministro Henrique Meirelles. Na ocasião, a bancada da Câmara diminuiu de 65 deputados eleitos em 2014 para 34 eleitos em 2018. Hoje a sigla tem 37 deputados. No Senado, também houve queda no número de cadeiras do MDB. Dos 19 parlamentares em 2015, a legenda passou a ter somente 12 senadores.


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