O ex-procurador da República e pré-candidato a deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) apresentou sua defesa ao Tribunal de Contas da União (TCU) no processo que apura denúncias questionando os gastos na Operação Lava-Jato. O TCU investiga o pagamento de diárias, passagens e gratificações dadas a procuradores durante a operação.
Em sua defesa, Dallagnol aponta necessidade de produção de provas, e afirma que faltam "elementos suficientes" para abrir uma investigação. Ainda segundo Dallagnol, não foram constatados indícios de "atos antieconômicos". Segundo o texto da defesa, Dallagnol não se enquadra entre os nomes que propuseram o modelo da força-tarefa adotado pela Lava-Jato e, por isso, não poderia ser responsabilizado. A defesa do ex-procurador pede "isonomia e impessoalidade" ao afirmar que há outros "ordenadores de despesa" e procuradores que poderiam ser beneficiados pelos gastos da operação, mas que não constam no processo.
O processo administrativo foi representado pelo subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Furtado, e de parlamentares que questionavam os gastos com diárias e passagens da Operação Lava-Jato. A defesa de Dallagnol considera Furtado um representante "parcial" para julgar o caso.
O processo foi retomado no último sábado após o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, derrubar a decisão da Justiça Federal no Paraná de suspender as investigações. A expectativa é que a decisão saia antes das convenções partidárias, que começam em 20 de julho.
Caso Dallagnol seja condenado por corte de contas, a Lei da Ficha Limpa determina inelegibilidade de oito anos para agentes públicos.
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