Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro

O ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL), o advogado Sergio Moro (União Brasil), disse na manhã desta terça-feira (14) em Curitiba, que não participou na decisão da exoneração do indigenista Bruno Araújo Pereira, demitido da Fundação Nacional do Índio (Funai) após coordenar uma operação onde centenas de garimpeiros foram expulsos da terra indígena Yanomami , em Roraima.

Em pronunciamento ao lado de dirigentes do partido, Moro prestou solidariedade às famílias do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecidos no Vale do Javari desde o dia 5 de junho. 

"Conheci o jornalista, conversei com ele. O Bruno eu não conheci. Eu era ministro de Justiça e a Funai é vinculada. A decisão não passou por mim. Esse ato (exoneração de Bruno Pereira da Funai) não é assinado por mim. Não tinha conhecimento, nem controle sobre tudo que acontece", disse. 

O ex-ministro afirma ter esperanças que ambos sejam encontratos com vida e que os criminosos paguem na justiça caso comprove-se crime. Moro também negou qualquer responsabilidade sobre o afastamento de Bruno Pereira da Funai e disse se preocupar com o crescimento do crime organizado da região Amazônica. Para ele é preciso ter um plano de segurança especial para a regão. 

"O que existe é uma preocupação com o crescimento do crime organizado, responsável pelo tráfico de drogas, destruição ilegal da floresta, seja através do desmatamento e queimadas", conclui. 

Saída de Bruno Pereira da Funai

Bruno Pereira foi exonerado logo após a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) sendo substituido pelo delegado da Polícia Federal, Marcelo Xavier Silva , que  assumiu a presidência da Fundação Nacional do Índio com apoiado de membros da bancada ruralista na Câmara e no Senado

O afastamento foi assinado pelo então secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luiz Pontel , indicado por Moro e à época subordinado do ex-ministro na pasta. O cargo ficou à disposição do missionário evangélico Ricardo Lopes Dias , que ficou nove meses na posição.

Atualmente, o indigenista Bruno Araújo Pereira, coordenava um núcleo de proteção na União Indígena do Vale do Javari (Unijava), onde seguiu na fiscalização e defesa dos povos isolados dos ataques de garimpeiros, madeireiros e pescadores invasores. 

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