A Câmara dos Deputados elegeu os novos integrantes para três cargos da Mesa Diretora – as vagas de 1º vice-presidência, segunda e terceira secretarias. Só houve disputa de fato para o cargo da 1ª vice-presidência, que é do Partido Liberal, a sigla do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de o partido ter indicado formalmente Lincoln Portela (MG), outros quatro deputados apresentaram candidaturas avulsas, incluindo a ex-ministra Flávia Arruda (DF).
Venceu a indicação da bancada, Lincoln Portela, com 232 votos. Evangélico e do Centrão, ele derrotou o candidato do Planalto e conquistou a indicação da bancada ontem. Nesta votação, prevaleceu a indicação oficial do partido.
Portela esteve reunido com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira. O encontro foi de parlamentares da Frente Evangélica com o presidente e ele postou um registro em uma rede social.
Para a segunda secretaria foi confirmado o nome do deputado deputado Odair Cunha (PT-MG) e para a terceira secretaria, Geovania de Sá (PSDB-SC). Os dois nomes foram as indicações oficiais dos partidos e não houve candidaturas avulsas.
Líderes partidários relataram que receberam a orientação do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) de encaminhar o voto nos candidatos oficiais dos partidos. A confusão está no PL. O Planalto pediu a indicação de Major Vitor Hugo (GO), mas ele foi derrotado na escolha da bancada e a sgla ainda teve mais quatro candidatos avulsos – Fernando Rodolfo (PE), Bosco Costa (SE), Capitão Augusto (SP) e Flávia Arruda (DF).
A votação acontece após Arthur Lira ter destituído do posto parlamentares que mudaram de partido. O deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), que é crítico ao governo, perdeu a vaga da 1ª vice-presidência porque trocou o PL pelo PSD. Mas saiu acusando Lira de se dobrar aos pedidos de Bolsonaro, que falou em live que não queria Ramos na função.
Já na segunda e teceira secretarias estavam das secretarias as deputadas Marília Arraes (Solidariedade-PE) e Rose Modesto (União Brasil-MS). Elas trocaram o PT e PSDB, respectivamente.
A medida foi tomada após o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revogar uma decisão liminar dada por ele mesmo no mês passado que garantia a permanência de Ramos no posto. Todas as mudanças foram justificadas pela troca de partido. Ramos foi eleito pelo PL, Arraes pelo PT e Modesto pelo PSDB.
Por isso, cabe aos partidos indicarem seus candidatos – o que não impede o lançamento de candidaturas avulsas. Por isso o PL teve tantos candidatos.
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