O pré-candidato à presidência, João Doria (PSDB),
desistiu de sua candidatura por conta da falta de apoio político do partido. Em pronunciamento, na tarde desta segunda-feira (23), Doria afirmou que vai se retirar da disputa por acreditar que a cúpula do partido vai escolher um outro nome com mais aderência interna.
"Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve", disse Doria após se reunir com a cúpula do partido. O PSDB deve deliberar o apoio à senadora Simone Tebet (MDB) em reunião da executiva nesta terça-feira (24).
"Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade com a cabeça erguida. Sou um homem que respeita o bom senso, o diálogo e o equilíbrio. Sempre busquei e seguirei buscando o consenso, mesmo que ele seja contrário à minha vontade pessoal. O PSDB saberá tomar a melhor decisão no seu posicionamento para as eleições deste ano", completou Doria.
Consenso a caminho?
Os partidos MDB, PSDB e Cidadania têm um acordo para lançar uma candidatura única da chamada 'terceira via', que busca viabilidade para tentar derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
A avaliação foi que Doria já tinha chegado a um limite nas pesquisas eleitorais, enquanto a senadora Simone Tebet ainda tem margem para crescimento. Doria enfrentava resistências internas no PSDB e de partidos da 'terceira via'.
Em novembro do ano passado, Doria foi escolhido como pré-candidato do PSDB à Presidência da República ao derrotar, em uma eleição interna, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto.
Com polêmicas e um processo tumultuado, o ex-governador de São Paulo recebeu 53,99% dos votos, enquanto Leite obteve 44,66%. Desde então, Doria tenta se manter como candidato, apesar dos rachas internos no partido.
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