O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a entidade religiosa responsável por angariar recursos para motociata do presidente Jair Bolsonaro (PL), na Páscoa, informe e comprove o montante que foi recebido e direcionado para o evento, em São Paulo. A Associação Mensangem de Esperança Campinas (Amec) promoveu venda de ingressos a R$ 10 para ficar em área restrita próxima ao mandatário.
Moraes também pede para que a associação explique se possui algum tipo de vínculo com Bolsonaro. A decisão é uma resposta à ação do PDT no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que questiona o recurso recebido para a realização do evento. De acordo com o partido, o presidente vem fazendo atos eleitorais fora do período permitido para "impulsionar a sua candidatura à reeleição, o que é vedado pela legislação eleitoral".
No dia 15 de abril, Bolsonaro participou de um passeio de moto na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, e foi até o município de Americana, distante 130 km da capital paulista, na sexta-feira. O nome do evento era "Acelera para Cristo".
O pedido acatado por Moraes explica que os ingressos para a área restrita da motociata eram pago à Amec por PIX. A associação pertence a igreja Assembleia de Deus Bom Retiro.
"Após o pagamento, o participante recebe uma mensagem de confirmação acompanhada de uma foto do Senhor Jair Messias Bolsonaro", diz o documento.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.