A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou nesta terça-feira a continuidade do pedido de cassação e de perda dos direitos políticos do ex-deputado Arthur do Val .
Agora, o caso será encaminhado ao Conselho de Ética para elaboração do Projeto de Resolução que será votado em Plenário.
Na mesma votação, o deputado Estadual Milton Leite (União Brasil) apresentou um relatório em separado na tentativa de reduzir a punição de Do Val. Em vão. Acabou rejeitado.
Do Val renunciou ao mandato no mês passado, o que foi visto por adversários como uma manobra para que o ex-deputado não perdesse os direitos políticos por oito anos. De acordo com a procuradoria da Casa, o processo avança independente da renúncia, conforme previsto no artigo 20 do Código de Ética e Decoro Parlamentar da Alesp. O ex-deputado argumenta que, por ter renunciado, não há mais motivos para seguir com a cassação.
Do Val teve a quebra de decoro aprovada por unanimidade no Conselho de Ética da Casa, depois da divulgação de áudios em que dizia que as refugiadas ucranianas vítimas da guerra com a Rússia "são fáceis porque são pobres". A fala foi considerada pela maioria dos deputados como machista, sexista e preconceituosa.
Na semana passada, o empresário Aldo Demarchi (União) assumiu o mandato de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). É o sétimo mandato de Demarchi na Casa desde 1995.