O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que se sentiu "orgulhoso" e "feliz" com si mesmo por ter concedido um indulto ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). O ato de Bolsonaro gerou uma crise com o Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o parlamentar a prisão por ter ameaçado e ofendido integrantes da Corte.
Bolsonaro ainda disse que não editou o decreto "apenas" para Silveira, mas sim para mostrar que "nossa liberdade não pode continuar sendo ameaçada".
"Vocês viram durante a semana um ato do presidente da República com uma pessoa que estava sendo injustiçada. Isso que eu fiz não é apenas para aquele deputado, é para todos vocês. A nossa liberdade não pode continuar sendo ameaçada. Dizer a vocês, que me senti orgulhoso e feliz comigo mesmo pela decisão tomada" , discursou o presidente, durante evento de entrega de títulos de propriedade em Paragominas (PA).
Na semana passada, o STF condenou Silveira a a oito anos e nove meses de prisão, além da perda do mandato e dos direitos políticos. Um dia depois, Bolsonaro editou um decreto concedendo o instituto da graça — que funciona como perdão da pena — a ele.
Na quarta-feira, Bolsonaro participou de um evento no Palácio do Planalto com a presença de parlamentares, em apoio a Silveira. Oficialmente, a cerimônia foi apresentada como em defesa da "liberdade de expressão". Entretanto, em seus discursos, muitos dos parlamentares fizeram críticas ao STF.
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