Projeto político do ex-juiz será no estado de São Paulo
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Projeto político do ex-juiz será no estado de São Paulo


A cúpula do partido União Brasil (fruto da fusão do DEM com o PSL) fechou um acordo, em reunião na tarde deste sábado, restringindo o projeto político do ex-juiz Sergio Moro  ao estado de São Paulo. De acordo com líderes do partido, o acordo também afasta, neste momento, a possibilidade de Moro se lançar como candidato à Presidência da República.

Além disso, a ala do partido que pedia a impugnação da candidatura de Moro desiste de questionar a entrada do ex-ministro da Justiça no partido. Em nota, neste sábado, a cúpula do partido divulgou nota em que ressalta que o projeto de Moro é pelo estado de São Paulo.

"O União Brasil tem na sua essência a defesa da democracia. Nascemos pautados pelo respeito ao espírito colegiado, e seguiremos assim na tomada de todas as decisões internas", diz o partido, que rachou nos últimos dias em relação à filiação de Moro.

O texto prossegue: "O ex-ministro Sergio Moro é um homem íntegro, capaz de enriquecer, junto às demais lideranças partidárias, a discussão sobre o futuro que almejamos para o país. Sua filiação ao União Brasil tem como objetivo a construção de um projeto político-partidário no estado de São Paulo e facilitar a construção do centro democrático, bem como o fortalecimento do propósito de continuarmos crescendo em todo país".

A nota é assinada pelo presidente do partido, Luciano Bivar, que chegou a defender internamente a possível candidatura de Moro, pelo secretário-geral ACM Neto, que lidera a ala contrária à candidatura do ex-juiz a presidente, e pelo primeiro-vice-presidente da sigla, Antonio Rueda.


A entrada de Moro no União Brasil gerou uma crise na legenda e colocou em dúvida a candidatura dele à Presidência. No dia da filiação, Moro divulgou uma nota em que dizia que, "neste momento", abria mão de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

Nesta sexta-feira, porém, ele fez um pronunciamento em que afirma que não havia desistido "de nada", indicando que seu projeto seguia sendo disputar a Presidência da República. A declaração gerou uma reação da ala dos DEM no União Brasil, que entraram com um requerimento impugnando a filiação de Moro.

Neste sábado, as negociações buscaram acabar com a crise. O acordo negociado neste sábado abre as portas do partido para ser candidato ao Senado pelo partido, mas não elimina totalmente a possibilidade de candidatura à Presidência. Segundo líderes do partido, caso o ex-juiz cresça nas pesquisas nos próximos meses, ele pode até virar candidato.

Neste momento, porém, a ala vindo do DEM — liderada por ACM Neto —, não aceita a candidatura à Presidência porque isso criaria dificuldades para seus aliados nos estados.

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