Após o presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiar o golpe de 1964 durante cerimônia no Palácio do Planalto , o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, criticou a ditadura militar nas redes sociais, mas sem citar o nome do mandatário.
"Você sabia que durante a ditadura TODAS as músicas, TODOS os filmes e TODAS as novelas tinham que ser previamente submetidos ao Departamento de Censura? Você sabia que os jornais tinham censores nas redações decidindo o que podia ser publicado? Essa é a história", escreveu.
"Você sabia que durante a ditadura eleições foram canceladas, o Congresso foi fechado, parlamentares e professores foram cassados e estudantes proibidos de se organizarem? Você sabia que muitos brasileiros foram para o exílio para escapar da violência política? Essa é a história".
Por fim, Barroso também falou sobre a melhora nos indicadores sociais durante o período democrático. "Você sabia que desde 1988 temos o mais longo período de estabilidade institucional da vida brasileira? Que durante o período democrático o país conseguiu, finalmente, um mínimo de estabilidade monetária? E que todos os indicadores sociais do país melhoraram. Essa é a história", concluiu.
A conta oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também usou as redes sociais para celebrar a data. No entanto, ao contrário de Bolsonaro e do Ministério da Defesa, que disse que o período "deixa legado de paz, liberdade e democracia" , o TSE reafirmou a importância "do patrimônio democrático, da liberdade das cidadãs e dos cidadãos e do Estado Democrático de Direito."
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