Durante o evento de sua filiação ao PSB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin fez, entre elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defesas da democracia, uma citação a um autor celebrado por seguidores do ideólogo Olavo de Carvalho (1947-2022). Em seu discurso, Alckmin creditou ao escritor inglês G. K. Chesterton uma frase sobre a coragem ser uma grande virtude humana.
"A política é a arte do bem comum. A mais difícil das atividades humanas, e no mundo inteiro. E exige coragem. Chesterton dizia que a coragem é a primeira das virtudes, porque sem ela, diante do perigo, todas as demais desaparecem", afirmou o ex-governador paulista na cerimônia do PSB.
A autoria da frase, porém, é difícil de identificar. Em buscas na internet, a mesma sentença também é atribuída a figuras como Winston Churchill, Aristóteles e Maya Angelou.
G. K. Chesterton, que já foi citato por Alckmin em outras ocasiões, é considerado um mestre do romance policial. O autor é conhecido no Brasil principalmente entre leitores cristãos e conservadores, e costuma ser muito citado por olavistas.
Entre as citações preferidas do autor dentro esse grupo está a frase "O papel dos progressistas é continuar cometendo erros. O papel dos conservadores é evitar que os erros sejam corrigidos".
Conforme publicou O GLOBO, ele é considerado uma das grandes referências para o secretário especial de Cultura Mario Frias e seu braço direito na pasta, André Porciuncula. Seu trabalho ainda circula por editoras de nicho, e nos últimos anos teve em Olavo de Carvalho um de seus maiores divulgadores no país.
Apesar de ser admirado por bolsonaristas por seu anti-comunismo, ele também não poupava críticas ao capitalismo e à concentração de riquezas nas mãos de poucos. Entre seus admiradores estão intelectuais de diferentes matizes ideológicas, desde o convervador escritor argentino Jorge Luis Borges, até o filósofo marxista Slavoj Zizek.
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