O Telegram informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo (20), que tomou sete medidas para combater fake news na plataforma. A resposta foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes como parte das providências para que o serviço não fosse suspenso no Brasil.
Na última sexta-feira (18), Moraes tinha determinado que o aplicativo de mensagens fosse bloqueado por conta do descumprimento de decisões judiciais anteriores.
Após a decisão do ministro, a plataforma entrou em contato com o Supremo e afirmou querer colaborar para não ser suspensa. Moraes, então, enviou uma lista de cinco pendências e deu prazo de 24 horas para o cumprimento das medidas.
Nesste domingo, o Telegram enumerou e detalhou sete medidas voltadas para essa finalidade e, com isso, Moraes revogou a própria ordem para que o aplicativo fosse suspenso.
Medidas tomadas pelo aplicativo
O Telegram informou que passou a revisar todos os dias uma lista dos 100 canais brasileiros mais populares para verificar os conteúdos publicados. Esses canais respondem por mais de 95% de todas as visualizações de mensagens públicas no Brasil.
Além disso, o Telegram diz que passou a monitorar diariamente as principais publicações relacionadas ao Telegram na mídia brasileira.
Outras medidas
A plataforma indicou que, neste fim de semana, adotou mudanças técnicas ao Telegram para possibilitar a marcação de posts específicos em canais como "potencialmente contendo informações imprecisas".
Outra medida que a plataforma diz que adotou foi a de "restringir permanentemente a capacidade dos usuários envolvidos na disseminação de desinformação de criar novos canais ou postar em canais existentes".
O Telegram informou ao STF que vai atualizar os termos de serviço da plataforma, as regras com as quais todos dizem concordar ao utilizar o aplicativo.
O diz que também estudou medidas tomadas por outros aplicativos e montou um "plano potencial para ações futuras, como permitir que usuários denunciem postagens específicas como falsas (a capacidade de denunciar canais inteiros já está implementada) e juntar o memorando existente ao Tribunal Superior Eleitoral".
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