Nesta terça-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma cerimônia no Palácio do Planalto em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, parcela do eleitorado na qual enfrenta grande rejeição, segundo as pesquisas eleitorais .
Na ocasião, o mandatário fez um discurso citando referências bíblicas e mantendo a visão conservadora em relação aos laços familiares e afetivos.
Em uma das falas, Bolsonaro chegou a dizer que, hoje em dia, "as mulheres estão praticamente integradas à sociedade".
Veja:
Leia Também
"Assim como a mulher foi feita do homem, assim também o homem nasce da mulher e tudo vem de Deus", afirmou o mandatário.
Ainda, o presidente repetiu uma fala da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves — que também estava na cerimônia —, dizendo que a participação das mulheres no governo é maior que em gestões anteriores.
No governo Bolsonaro, apenas três dos 23 ministérios são comandados por mulheres. Além de Damares, são ministras Flávia Arruda (Secretaria de governo) e Tereza Cristina (Agricultura).
Além disso, citando o conflito que ocorre na Ucrânia e já chega no 13º dia, Bolsonaro disse que, se dependesse das mulheres, não haveria guerra no mundo.
Distribuição de absorventes
Cinco meses após vetar os principais pontos de um projeto de lei que previa a distribuição gratuita de absorventes femininos , Bolsonaro editou hoje um decreto com teor semelhante. O anúncio da medida ocorreu durante o evento no Planalto, dois dias antes de uma sessão do Congresso marcada para analisar o veto.
Em outubro do ano passado, Bolsonaro sancionou o projeto que cria o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, mas vetou os principais pontos do texto , como a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda de escolas públicas, mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema e mulheres presidiárias ou internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.
O novo decreto, porém, ainda não foi publicado.