O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) falou sobre o seu veto ao projeto que visava garantir de maneira gratuita a distribuição de absorventes a mulheres de baixa renda. Segundo o mandatário, ele foi "obrigado a vetar" e que não havia alternativa pois o projeto não apresentou a origem do custeio do benefício.
"Quando parlamentar vota alguma coisa qualquer, votando sim ou não, tem problema nenhum para ele. Eu não posso vetar ou sancionar o que vem na minha cabeça e quando qualquer projeto cria despesa, o parlamentar sabe que tem de apresentar a fonte de custeio", afirmou o capitão do Exército. "Quando não apresenta, se eu sanciono, estou incurso no artigo 85 da Constituição, crime de responsabilidade".
Bolsonaro ainda ironizou o cálculo do custo e comparou os valores ao reajuste do salário mínimo. "Dá R$ 7 milhões por mês. Cada mulher teria oito absorventes por mês e, se fizer as contas, ele (sic) diz que custaria R$ 0,01 para distribuir. Eu perguntei para ele (sic). E a logística para distribuir para o Brasil todo?".
"Ele (sic) poderia aprovar projeto passando para R$ 10 mil o salário mínimo e estaria resolvido o problema do Brasil. É irresponsabilidade apresentar um projeto e aprovar no parlamento sem apontar fonte de custeio. Igual eu vetei, pouco tempo atrás, internet para todas as escolas", alegou o presidente.