O presidente Jair Bolsonaro cancelou todos os eventos que estavam previstos para essa segunda-feira. Até o começo da tarde, a Presidência tinha indicado que o presidente se reuniria com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos, e participaria de uma solenidade.
A agenda pública, entretanto, foi cancelada e a página no site oficial do Planalto com os compromissos do Presidente passou a indicar a ausência de eventos oficiais. Além disso, o GLOBO também confirmou que o presidente cancelou sua viagem para a Colômbia, prevista para quinta-feira. Em seu lugar, irá o vice-presidente Hamilton Mourão.
Procurada, a Presidência da República não informou os motivos do cancelamento. Auxiliares do presidente, no entanto, indicaram que um dos motivos seria o luto do presidente após a morte de sua mãe, Olinda, na madrugada de sexta-feira. Com o cancelamento da viagem, o presidente também poderá participar da missa de sétimo dia.
Apesar do cancelamento da agenda, Bolsonaro permaneceu no Palácio do Planalto até as 17h30, quando foi para o Palácio da Alvorada. Na residência oficial, Bolsonaro conversou com apoiadores.
Segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, o presidente Bolsonaro ligou pela manhã para comunicar da mudança de planos. Na Colômbia, o vice participará da cúpula do Prosul (Foro para o Progresso da América do Sul).
— Não precisa me dar motivo. Me telefonou no final da manhã e pediu para eu ir — disse Mourão.
No mês que vem, o presidente fará uma viagem à Rússia. Nesta segunda-feira, a tensão na fronteira do país com a Ucrânia cresceu com a decisão do governo dos Estados Unidos de deixar 8 mil soldados de prontidão para uma possível invasão do país europeu. Questionado se a viagem poderia ser cancelada, o vice-presidente desconversou.
— Vamos aguardar. Pode ser que aconteça alguma coisa daqui pra lá e ele seja obrigado a cancelar a viagem. Nós tivemos um aumento da presença de força tanto por parte dos russos que deslocaram tropas e suprimentos e o pessoal da Otan deslocando algumas forças. Vamos aguardar. Isso é questão da segurança europeia, nós somos de outro continente — afirmou.