O presidente Jair Bolsonaro (PL)
concedeu entrevista à rádio Jovem Pan nesta segunda-feira (10) e teceu críticas ao seu ex-ministro de Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro (Podemos).
"Passei três dias para demitir essa mulher, ele passou a achar que era o dono do ministério", afirmou Bolsonaro. O episódio retratado pelo mandatário refere-se à indicação de Ilona Szabó - realizada pelo ex-juiz - para ocupar o cargo de Conselho Nacional de Política Penitenciária.
O presidente afirmou que tinha o poder de veto sobre quaisquer nomeações realizadas no ministério da Justiça e Segurança Pública e afirmou que Morou foi "petulante" ao aceitar uma troca na diretoria-geral da Polícia Federal em troca de uma futura indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro também ressaltou que já pensa nas próximas indicações ao STF. Isso porque o próximo presidente eleito - no pleito de 2022 - terá o direito de nomear outros dois magistrados à Suprema Corte.
"Em 2023 têm duas vagas abertas. Eu tenho na minha cabeça quem seriam esses nomes. Os dois nomes meus que estão lá - ministros Kassio Nunes Marques e André Mendonça - não são perfeitos", afirmou Bolsonaro.
"Até o momento esses dois têm liberdade, obviamente. Não conduzo, nem peço voto para eles. Agora chegou lá o André Mendonça. Eu não estou antecipando voto, nem pedindo voto, mas ele participou disso tudo enquanto ministro meu na pasta da Justiça e Segurança Pública", alega o atual presidente da República.