O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta sexta-feira que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, será candidato ao governo de São Paulo. Em conversa com jornalistas no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse, porém, que ainda não definiu o vice nem quem apoiará na disputa no Senado pelo estado.
O presidente admitiu que tem mantido conversas com a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), que foi cotada para ser sua vice em 2018, e com o ex-presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
"Ontem conversei com a Janaína, nada fechamos. Tive com o Skaf rapidamente em SP no último dia 15. A certeza é que o Tarcísio é o nosso candidato. Ele não queria. Ele é uma pessoa que poderia ganhar 200 mil por mês aí fora. Inclusive numa conversa que tive com ele, porque às vezes sobe a temperatura do governo, ele disse que vai estar comigo até o último dia. Ele quer colaborar com o futuro do Brasil, não apenas com São Paulo", disse Bolsonaro.
Segundo o presidente da República, a candidatura de Tarcísio já está acertada com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Porém, disse que ainda não definições nem sobre o vice nem sobre o Senado.
"Não falamos sobre vice ainda, nem sobre Senado. Isso está em discussão ainda", disse, afirmando que a decisão será tomada por ele, Tarcísio e Costa Neto.
Cotado para ser o candidato de Bolsonaro ao Senado em São Paulo, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, desistiu da disputa e agora concorrerá à Câmara de Deputados. Bolsonaro disse que se seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), repetir a votação de 2018, quando foi o mais votado do país, poderá levar outros três parlamentares. Nos cálculos do presidente, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), também tem condições de ajudar eleger outro deputado com sua votação.
Na conversa, Bolsonaro falou sobre sua campanha pela reeleição e disse que está disposto a participar dos debates, mas que não cairá em provocações envolvendo sua família.
"Vão provocar (na eleição), eu sei disso. Acho que não (vou cair na provocação). Depende da pergunta. Mexer com família, é terrivel", disse.
Segundo o presidente, a tática dele será não responder quando considerar que “alguém baixou o nível”. Ele disse ainda que a população poderá comparar seu governo com a gestão do ex-presidente Lula (PT), que hoje lidera as pesquisas de intenção de voto.
"Em debate, minha tática não vai ser responder se alguém baixar o nível, eu vou responder o que interessa. Ele pergunta o que quer, e eu respondo o que eu quero. A decisão está nas mãos do povo. Se fala em Lula... Ele teve oito anos de governo, influenciou em seis no da Dilma. Eu tenho quatro, dá para fazer as comparações", disse.
Bolsonaro disse ainda que abrirá mão de marqueteiro. Segundo ele, as viagens dele pelo Brasil serão suficientes para serem exibidas na propaganda na televisão.
"Não vou contratar marqueteiro, não é essa a intenção. Temos que ter produtores de imagem. Temos imagens para mostrar das minhas viagens pelo Brasil todo. É poder ali, já que vai ter o tempo de televisão do PL e talvez outro partido seguirá conosco, é mostrar o que foi feito."