O trabalho de deputados e senadores recebeu a pior avaliação na atual legislatura (2019-2022), segundo pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (21). Apenas 10% dos entrevistados disseram considerar bom ou ótimo o trabalho do Congresso. Embora dentro da margem de erro, o percentual é menor do que o da última pesquisa (13%), feita em setembro. É também menos da metade do observado em 2019, quando teve início o mandato dos atuais deputados e da maioria dos senadores e o índice de aprovação era de 22%.
O levantamento mostra ainda que 41% dos entrevistados avaliam como ruim ou péssimo o trabalho do Congresso, três pontos percentuais a menos do que na última pesquisa. O índice dos que consideram regular foi de 40% para 45%.
O Datafolha entrevistou presencialmente 3.666 pessoas de 16 anos ou mais, de todas as classes e em todas as regiões, em um total de 191 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Os índices de reprovação são maiores entre os mais instruídos (46%), os mais ricos (53%) e os que consideram ruim ou péssimo o governo do presidente Jair Bolsonaro (46%). Já entre quem considera o governo bom ou ótimo há uma visão um pouco menos negativa do Congresso: 18% aprovam a atuação dos parlamentares. Esse percentual, porém, vem diminuindo. No levantamento anterior, era de 23% a avaliação positiva do Congresso entre aqueles que aprovavam a gestão Bolsonaro.
Bolsonaro mantém pior índice de avaliação
A pesquisa Datafolha indicou também que o presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém o pior nível de avaliação de seu governo neste final de mandato: 53% dos brasileiros reprovam o modo como ele administra o país. Os dados mostram estabilidade em relação à pesquisa anterior, realizada de 13 a 15 de setembro. Dos entrevistados, 22% avaliam o governo Bolsonaro como bom ou ótimo, enquanto 24% o consideram regular. Já 1% não opina.
O governo Bolsonaro é mais bem avaliado por empresários (50%) e evangélicos (32%). Com índices menores, também o aprovam quem ganha até dois salários mínimos (17%), desempregados (16%) e quem tem entre 16 e 24 anos (13%).
Os maiores índices de reprovação estão entre os homossexuais e bissexuais (75%), estudantes (73%), jovens de 16 a 24 anos (59%), moradores do Nordeste (58%), entre os que ganham até dois salários mínimos (51%), os que ganham mais de 10 salários mínimos (48%) e moradores da região Sul (44%).