A Polícia Federal solicitou o compartilhamento de provas do inquérito das milícias digtais para aprofundar uma investigação contra Jair Renan Bolsonaro, o filho mais novo do presidente (conhecido como 04), sobre o recebimento de "vantagens de empresários" com interesses na administração pública. A Polícia Federal abriu o inquérito, após reportagem do GLOBO revelar que o filho do presidente atuava para marcar reuniões e abrir portas no governo federal para empresas privadas
O inquérito contra Jair Renan tramita na Superintendência da PF no Distrito Federal. Para dar prosseguimento ao caso, a PF solicitou o compartilhamento de informações obtidas no inquérito das milícias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o empresário Allan Gustavo Lucena, que é próximo de Jair Renan e já foi seu personal trainer.
De acordo com a PF, as diligências do inquérito indicam a "associação estável" entre Jair Renan e Allan Lucena "no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários".
Em resposta, foi encontrado um diálogo entre Allan Lucena e o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que foi enviado para o inquérito.
A PF não apresentou mais detalhes sobre a apuração contra Jair Renan.