Faltando pouco mais de um mês para as prévias presidenciais do PSDB, o clima da disputa entre os governadores João Doria e Eduardo Leite segue acirrado, com movimentos para a conversão de dissidentes nas regiões dos oponentes e a busca de apoio nos estados.
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Como já era esperado, o vice-presidente do diretório estadual de São Paulo, Evandro Losacco, declarou apoio público a Leite. Losacco é aliado do ex-governador Geraldo Alckmin, desafeto de Doria e cujos aliados têm trabalhado na campanha de Leite. Recentemente, Losacco criou o movimento "Fica Geraldo" no PSDB, na tentativa de evitar a saída do ex-governador do ninho tucano.
Isolado pelo grupo de Doria, Alckmin deve deixar o partido,mas a data ainda não está definida. Antes disso, aliados de Leite apelam para que o ex-governador fique até o final das prévias. Além de Losacco, o gaúcho já recebeu apoio de outros alquimistas como os ex-presidentes do PSDB paulista Pedro Tobias e Antonio Carlos Pannunzio. Entre as defecções no PSDB paulista, há ainda o prefeito de Santo André, Paulo Serra, e Izaias Santana, do município de Jacareí, no Vale do Paraíba.
Num contra-ataque, Doria já havia conquistado o apoio de Yeda Crusius, ex-governadora do Rio Grande do Sul e cujas relações políticas estão estremecidas com Leite.
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O paulista, que é favorito na disputa em razão do peso do colégio eleitoral de São Paulo, o equivalente a 25% dos votantes, recebeu na noite de segunda-feira o apoio do diretório do Rio Grande do Norte. O estado se soma a outros cinco (SP, DF, PA, AC e TO) que já haviam declarado apoio ao paulista.
Leite, porém, tem leve vantagem neste quesito e contabiliza o aval de diretórios de oito estados (RS, SC, PR, MG, BA, CE, AL e AP).
A disputa segue aberta.