O relatório final da CPI da Covid deve excluir os crimes de homicídio e genocídio atribuídos ao presidente Jair Bolsonaro. A informação foi anunciada na noite desta terça-feira pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que discute com os senadores do grupo conhecido como G7 os últimos detalhes do texto a ser apresentado nesta quarta-feira.
Com isso, a lista de delitos contra o presidente caiu de 12 para 10, mantendo as acusações de charlatanismo, prevaricação e crime de epidemia, dentre outros.
As alterações na minuta apresentada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) estão sendo discutidas na noite desta terça em reunião no apartamento do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) em Brasília. Os dois crimes incluídos na minuta do parecer pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), haviam provocado divergências no grupo conhecido como G7.
- O genocídio não havia consenso, nem entre senadores nem entre juristas - disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz.
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Segundo o senador, o homicídio seria absorvido pelo crime de epidemia, que teria o acréscimo do resultado de mortes provocadas pela Covid-19.
- É só um ajuste no tipo penal - completou.
Aziz também declarou que ficou combinado retirar acusação de advocacia administrativa contra o senador Flávio Bolsonaro. O pedido de indiciamento por fake news ainda está sendo discutido na reunião, que deve se arrastar pela madrugada.
Aziz chegou a sair do encontro, mas disse que pretende voltar. Ele também é contra a inclusão do pastor Silas Malafaia no rol de pedidos de indiciados .
- O mais importante é que saímos dessa reunião unificados. Eu vou votar no relatório do senador Renan Calheiros - disse o presidente, que vinha se desentendendo com o relator nos últimos dias.