O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou ser "contra o vazamento das minutas do relatório da CPI da Covid ", mas declara que 'acabou sendo bom' para tornar o debate público e transparente nos últimos dias da comissão.
O senador ainda reitera que não foi ele quem divulgou as informações, publicadas em diversos veículos e diz não ser a favor de tais atos. "Fui contra. Mas, já que vazou, acabou sendo bom. O debate tem que ser público. Cada um [senador] deve dizer o que defende", afirma.
A disseminação com os nomes de indiciados e os crimes que o presidente Jair Bolsonaro seria enquadrado, deixou alguns senadores irritados.
"Publicamente [o vazamento do relatório] vai ensejar esse debate [sobre] quem defende o que, isso é muito importante a essa altura do campeonato”, declarou Renan.
Alguns dos parlamentares acreditam que o vazamento foi proposital e chegou a constranger alguns senadores a apoiarem medidas que Renan Calheiros quer tomar contra o presidente Jair Bolsonaro.
Anteriormente, já havia afirmado que o relatório poderia sugerir o indiciamento do mandatário por pelo menos 11 crimes.
O presidente da comissão, o senador Omar Aziz, afirmou nesta segunda (18), que Renan Calheiros não é "o dono da verdade". Renan responde que, de fato, "a verdade estará sempre com a maioria da CPI" e que o relatório não expressará suas convicções pessoais.
Segundo Renan, até agora Omar Aziz não o comunicou sobre quais são as divergências do presidente da CPI com suas ideias, mas que está aberto para debater com todos os que participam da comissão.
- Com informações de Folha de S. Paulo