O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay , defendeu que a CPI da Covid indicie - em seu relatório final - o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo crime de homicídio. As informações são do jornalista Ancelmo Gois.
Segundo Kakay, que integra um grupo de juristas e advogados que auxiliam o senador e relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), há indícios para embasar a acusação sobre o mandatário, inclusive "pela evidente omissão" do governo durante a pandemia.
O criminalista, que também advoga para o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), considera que Bolsonaro precisa ser responsabilizado pelo morticínio ocorrido no país.
Em seu relatório final, que será lido na próxima terça-feira (19) e entregue no dia seguinte, há a expectativa de que o presidente da República seja indiciado por onze crimes.
Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão parlamentar de inquérito, porém, mostra-se reticente quanto a uma possível acusação de genocídio por parte de Bolsonaro. Em entrevista ao portal Uol, o parlamentar afirmou que terá de ser "convencido de que Bolsonaro cometeu o crime de genocídio". "Nós demos o prazo até o dia 15 desse mês, que é hoje, para o Renan fizesse o relatório, com auxílio de pessoas qualificadas. Se for colocar o presidente como genocida, eu queria saber qual foi o genocídio. Todos sabem das minhas divergências com o presidente, mas eu não posso ir além".