Ministra da Mulher, Damares Alves, ao lado do presidente Jair Bolsonaro
Alan Santos/ PR
Ministra da Mulher, Damares Alves, ao lado do presidente Jair Bolsonaro


Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves não se mostrou a favor de que o projeto que previa a distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação vulnerável entrasse em vigor neste momento. O texto, aprovado no Congresso Nacional,  foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ela defendeu essa posição.


"Hoje a gente tem que decidir, a prioridade é a vacina ou é o absorvente? As mulheres pobres sempre menstruaram nesse Brasil e a gente não viu nenhum governo se preocupar com isso. E agora o Bolsonaro é o carrasco, porque ele não vai distribuir esse ano", ironizou a ministra, segundo informações do G1. 


A declaração de Damares foi dada nesta sexta-feira (8), um dia após o veto presidencial, em um evento no município de Francisco Beltrão, no Paraná. Para ela, a aprovação no Senado foi um erro técnico, pois não poderia gerar despesa ao Executivo sem indicar a fonte do recurso.


O projeto em questão indicava que o item básico de higiene deveria ser distribuído para estudantes de baixa renda de escolas públicas e para mulheres em situação de rua ou de extrema vulnerabilidade. Neste sentido, o projeto ajudaria a combater o problema batizado de "pobreza menstrual" .


O veto de Bolsonaro gerou grande repercussão na mídia, com ativistas, artistas e entidades se posicionando contra o presidente . Ao G1, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, frisou ainda que Damares propõe um falso dilema em relação às finanças.



"Se a disputa se dá por espaço no orçamento, é só verificar o custo que seria para termos um programa que dá dignidade às mulheres e o custo de eventos sem nenhum significado prático para o país, como motociatas", criticou. Nos últimos meses, Bolsonaro participou de diversas motociatas, provocando aglomerações ao redor do país.

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