Ex-presidente Lula
Ricardo Stuckert
Ex-presidente Lula

Em um longo discurso a deputados e senadores na manhã desta segunda-feira, em um hotel em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre a preocupação o PT em eleger uma bancada aliada forte no Congresso em 2022; pediu que parlamentares intensifiquem as divulgações nas redes sociais para tentar “desmontar as teias de mentiras”, referindo-se às afirmações propagadas pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e também falou não temer em ser considerado o candidato “indesejável”, fazendo menção à entrevista que o empresário Pedro Passos, da Natura, deu ao GLOBO, ao qual diz que o Brasil não pode escolher entre o inaceitável — a reeleição de Bolsonaro — e o indesejável — a volta de Lula.

O petista discursou por cerca de 30 minutos em um hotel em Brasília. Depois, pouco mais de 15 parlamentares puderam fazer declarações e, ao fim, Lula fez sessão de fotos com os políticos. Ao comentar a entrevista de Pedro Passos, que defendeu a ascensão de uma terceira via como opção para as eleições presidenciais de 2022, o petista afirmou se tratar do “tipo de opinião que não o preocupa”, pois quer governar para o povo e não para o “mercado”. A oposição tece críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, por se preocupar com as mensagens que os movimentos políticos transmitem ao mercado financeiro.

Sem fazer autocrítica ao PT, Lula pediu unidade no partido e alegou que o brasileiro “precisa” do PT de volta ao poder. O petista pediu que os parlamentares fizessem uma reflexão sobre o mapa do Brasil e tirassem dele tudo que país conquistou a ajuda do partido. O ex-presidente fez afirmações sobre a importância de o PT voltar ao poder e, acima de tudo, retornar com uma bancada expressiva na Câmara e no Senado. Lula estimulou os políticos a buscar o maior número de candidatos para as eleições ao Congresso.

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O petista afirmou ainda que os políticos não tenham a ilusão de que será uma campanha fácil. Ele falou que parlamentares que estão tendo acesso às emendas de relator, no chamado orçamento paralelo, sairão à frente, mas pediu que os políticos tentem se aproximar do povo, buscando clareza na comunicação, para se destacar nas urnas.

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Os deputados fizeram menção à CPI da Covid-19, como fonte inesgotável de recursos para atacar o governo de Jair Bolsonaro. Os petistas defendem o uso do material levantado pelos parlamentares durante a investigação para desconstruir o governo de Bolsonaro.

A CPI expôs uma série de problemas na condução de Bolsonaro à pandemia de Covid-19. Perto do fim, a comissão deve responsabilizar Bolsonaro por crimes como “causar epidemia” (pena de reclusão de 10 a 15 anos) e por “infração de medida sanitária preventiva” (pena de detenção de um mês a um ano).

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