O Ministério Público Estadual de São Paulo (MPSP) anunciou hoje a criação de uma força-tarefa para investigar as denúncias contra a Prevent Sênior . Os promotores Everton Zanella, Fernando Pereira, Nelson dos Santos Pereira Júnior e Neudival Mascarenhas Filho trabalharão em conjunto com Rodolfo Bruno Palazzi, que já está no caso acompanhando o inquérito policial que tramita no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A força-tarefa vai apurar se a administração dos remédios do chamado 'kit covid', que não têm eficácia comprovada contra a doença, em pacientes beneficiários da operadora de planos de saúde configura crime de homicídio.
Desde abril, a operadora é alvo de denúncias de ex-funcionários sobre a condução dos casos de covid-19 nos hospitais da rede. Os relatos incluem a prescrição das medicações antes mesmo de um diagnóstico positivo para a doença.
Nesta semana, a empresa entrou na mira da CPI por suspeitas de irregularidades no tratamento dos pacientes internados. Médicos que trabalhavam na Prevent denunciaram à Globonews que os beneficiários serviram como cobaias, muitas vezes sem saber, em um estudo que testava a eficácia da hidroxicloroquina e da azitromicina. A prática envolveu até mesmo a adulteração de atestados de óbito para ocultar a causa da morte.