Empresário imita Bolsonaro em jantar com Temer
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Empresário imita Bolsonaro em jantar com Temer

O ex-presidente Michel Temer ligou para Jair Bolsonaro (sem partido) para colocar panos quentes em um potencial mal-entendido envolvendo  um vídeo que circulou na internet, onde o comunicador André Marinho, da Rádio Jovem Pan, satirizava o presidente em um jantar na casa do empresário Naji Nahas, em São Paulo.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Temer disse à Bolsonaro que Marinho também o imitou, e que a brincadeira não era uma crítica a ele ou a seu governo, ao contrário do que sugeriam algumas matérias veiculadas na imprensa.

"Não esquenta a cabeça", disse o ex-presidente para o atual ocupante do cargo, segundo um interlocutor do Planalto. Para tranquilizar Bolsonaro, ele também disse que Marinho imitou Donald Trump, Joe Biden, Ciro Gomes e João Doria.

Imitando a forma de falar do presidente, Marinho fez menção à carta escrita por Temer e assinada por Bolsonaro após os atos de 7 de setembro, em que se desculpava pelo discurso inflamado e provocativo contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

"No tocante ao presidente, eu tenho que agradecer você [Temer] demais, porque tu salvou o careca aqui de levar uma hemorroida, p...", disse. "E essa cartinha que eu recebi tua, achei ela meio infantil, meio marica. Tô achando que foi o Michelzinho que mandou pra mim", continuou, incluindo o filho de Temer na brincadeira, em meio à gargalhadas dos demais convidados.

"Cadê a parte que eu combinei contigo de queimar o STF? Cadê a parte que eu combinei de roubar as perucas do [Luís] Fux? Cadê a parte que eu combinei de montar um pau de arara na Praça dos Três Poderes e 'dá' de chibata no lombo do Alexandre de Moraes?", disse.

André Marinho, que integra o elenco do programa 'Pânico', é filho de Paulo Marinho, suplente do senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho mais velho de Bolsonaro. Depois de apoiar a candidatura do presidente nas eleições de 2018, o empresário rompeu com a família Bolsonaro, e hoje é apoiador de uma eventual candidatura de Doria à presidência.

Em 2020, ele depôs na Polícia Federal sobre o suposto vazamento de informações sigilosas envolvendo o inquérito da Operação Furna da Onça, realizada pouco tempo após as eleições de 2018.

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