A conversa entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) , gerou certa preocupação na Polícia Federal (PF). Os agente esperam para entender os desdobramentos do telefonema e se terá impactos nas investigações que tem como principal alvo o presidente.
O entendimento da PF é que os inquéritos contra bolsonaro, como o das fake news, acusações contra as urnas eletrônicas e milícias digitais, serão inevitáveis. Entretanto, as condições institucionais para tal vem ficando cada vez mais difíceis.
Na última quinta-feira, 09, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, visitou o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, um dia após a abertura de investigação contra o delegado Felipe Leal por abuso de poder. A presença de Aras reforçou na PF que o diretor está mais preocupado com o apoio externo do que com o interno.
O delegado Leal conduzia o inquérito sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF e foi retirado do caso por Alexandre de Moraes.
A Associação Nacional dos Delegados de PF divulgou nota/petição em apoio a Leal, que rapidamente atingiu cerca de 880 assinaturas de delegados, peritos, agentos e funcionários da PF na noite da última quinta.
- Com informações do jornal Folha de S. Paulo.