O plenário da Câmara dos Deputados deu início à sessão que pode culminar com a cassação do mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada na Justiça de ser mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Nitéroi (RJ). A parlamentar discursou presencialmente no plenário da Câmara, nesta tarde, e afirmou que sai de cabeça erguida, caso perca seu mandato por quebra de decoro parlamentar. Flordelis pediu aos deputados para só definir sua permanência ou não no Congresso após o julgamento do Tribunal do Júri.
"Caso saia daqui hoje, saio de cabeça erguida. Sei bem que sou inocente. Minha inocência será provada. Minha família está sendo injustiçada e sofrendo também. A Flordelis aqui está destruída, sem condições de estar aqui, mas precisei vir", disse Flordelis.
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A deputada afirmou que seus colegas na Câmara não se interessaram em ouvir sua defesa, nem mesmo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
"O Tribunal de Júri vai me absolver e vocês, quando colocarem suas cabeças no travesseiro, vão se arrepender". E, no final, implorou: "Não me cassem. Vocês não têm todos os elementos necessários para pedirem minha cassação. Então, me ajudem, sejam justos e não me cassem".
O Conselho de Ética decidiu pela sua cassação, há dois meses, por 16 a 11. A deputada entrou com recurso na CCJ, mas perdeu por unanimidade.
Flordelis argumentou ainda que, se foi eleita pelo povo, que os eleitores que o tirem do mandato, na eleição de 2022, numa tentativa de reeleição. A deputada disse ser perseguida e afirmou ainda que chegou a ser chamada de "feiticeira" e também acusada de frequentar "casa de swing".