Maioria absoluta dos partidos na Câmara são contrários ao voto impresso
Mariama Correia
Maioria absoluta dos partidos na Câmara são contrários ao voto impresso

O governo deverá sofrer mais uma derrota na votação em que o plenário da Câmara vai decidir se torna obrigatório o voto impresso no Brasil , a principal bandeira do presidente Jair Bolsonaro hoje. Os partidos declaradamente contrários à proposta somam 330 deputados, aponta um levantamento feito pelo Globo com dirigentes e líderes das legendas com assento na Casa.

Das 22 bancadas consultadas, apenas duas, com 86 parlamentares no total, confirmam apoio ao projeto que é pivô da atual crise institucional entre o Judiciário e o Palácio do Planalto.

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) deve reunir nesta segunda-feira líderes partidários para tratar do tema e pode pautar a votação já para amanhã. Mesmo que parte dos congressistas desrespeite a orientação das siglas, são mínimas as chances de aprovação, na avaliação dos dirigentes.

Por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários 308 votos para aprovar a medida, já rejeitada na comissão especial formada para analisar o tema.

O projeto que tem Bolsonaro como garoto-propaganda conta com o apoio formal do PSL, que tem 53 representantes e abriga a maioria de perfil bolsonarista, e do bloco composto por PROS, PSC e PTB, com 33 deputados. No caso do PSL, porém, há uma divisão flagrante.

Embora a maioria da bancada garanta a orientação da sigla a favor da PEC, uma parte expressiva do partido dará votos contrários.

Três partidos — Republicanos, Podemos e Novo —não decidiram para qual lado irão, segundo seus representantes. Eles respondem por 50 deputados. O Patriota foi a única sigla que não respondeu como devem votar seus seis deputados. O PP, do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, adiantou que vai liberar a bancada, isto é, permitir que cada um dos seus 41 integrante se posicione como preferir.


Na matéria completa, exclusiva para assinantes, os pontos de vistas dos líderes de cada sigla, como ACM Neto (DEM), Gilberto Kassab (PSD) e Gleisi Hoffman (PT) sobre a proposta, e como a postura belicosa de Bolsonaro afastou até supostos aliados a apoiar a pauta na Câmara.

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