Com a chegada ao Palácio do Planalto do senador Ciro Nogueira (PP-PI), nomeado formalmente nesta quarta-feira, 28, como novo ministro da Casa Civil, a expectativa do Centrão é que ele, uma das principais lideranças do grupo político, passe a liberar verbas para o reduto eleitoral de aliados e destrave a nomeações de cargos na estrutura federal. A ajuda é considerada crucial para elevar as chances de reeleição dos congressistas e do próprio presidente Jair Bolsonaro.
Com Nogueira à frente da articulação do Planalto, o PP acabará comandando os dois lados do guichê político. De um lado, estará o ministro-chefe da Casa Civil, que é presidente do partido. De outro, o deputado Arthur Lira, da mesma legenda, na presidência da Câmara. Próximos, ambos devem tabelar nas negociações envolvendo emendas e cargos. O deputado André Fufuca (PP-MA), um dos vices do partido, assumiu interinamente a presidência da legenda em substituição a Nogueira.
Como primeiro aceno aos congressistas, Nogueira deixou para a próxima quarta-feira a sua posse, às 16h, no Planalto. O novo ministro quis esperar a volta do recesso parlamentar para contar com a presença de deputados e senadores. Em áudio enviado a parlamentares na noite de ontem disse que “gostaria de contar com a presença de amigos e amigas.”