Bolsonaro ao lado de Aras, o Procurador-Geral da República
Reprodução / TV NBR
Bolsonaro ao lado de Aras, o Procurador-Geral da República

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira que encaminhou ao Senado a recondução de Augusto Aras ao cargo de procurador-geral da República. O  mandato de Aras, de dois anos, só vence em setembro.

"Encaminhei ao Senado Federal mensagem na qual proponho a recondução ao cargo de Procurador-Geral da República o Sr. Antônio Augusto Aras", escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter.

Agora, Aras terá que passar por uma nova sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e seu nome será votado pela comissão e pelo plenário da Casa. O envido da mensagem ainda não foi oficializado no Diário Oficial da União (DOU).

 Em quase dois anos no comando da instituição, Aras enfrentou diversas crises internas e cobranças sob acusação de ser omisso na fiscalização do presidente Jair Bolsonaro, principalmente referente à pandemia da Covid-19. Tramita no Conselho Superior do Ministério Público Federal até mesmo um pedido de investigação contra Aras por suspeitas de omissões no exercício da função.

 O anúncio foi feito por Bolsonaro em meio a articulações feitas por Aras junto a senadores pela vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro indicou o advogado-geral da União André Mendonça para o posto, mas seu nome ainda será analisado pelo Senado. Nos bastidores, senadores do MDB defendiam que fosse viabilizado o nome de Aras no lugar de André Mendonça.

Pela segunda vez, Bolsonaro não aceitou a lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) com sugestões para o cargo. Não existe obrigação legal de seguir a lista, mas os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) aceitaram, em seus mandatos, os nomes escolhidos pela categoria.

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