Vice-presidente Hamilton Mourão
Bruno Batista /VPR
Vice-presidente Hamilton Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira que aumento do fundo eleitoral, no valor de R$ 5,7 bilhões , aprovado pelo Congresso na semana passada, é “exagerado”. Mourão afirmou ainda que, se coubesse a ele, vetaria este trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

— Eu acho que está exagerado. Está um valor exagerado, principalmente quando há pouco nós aqui tivemos uma situação difícil no governo para fazer um rescaldo de R$ 1 bilhão para que as obras não parassem. Aí você tem uma gordura de uns R$ 3 bilhões que poderiam ser melhor empregados — disse.

Mourão defendeu ainda que as campanhas ocorram por meio das redes sociais. Ele citou como alternativa o modelo de financiamento coletivo, o crowndfunding, para custear as despesas dos candidatos.

— Hoje você usa muito a rede social. Então, o modelo de propaganda eleitoral, de você se fazer conhecido perante a população mudou. E também você busca financiamento por meio do crowdfunding [vaquinha virtual]. Quem vai apoiar, não está proibido o financiamento privado, é que ele tem valores limite.

Mourão disse que não saber se o presidnete Jair Bolsonaro vetará o aumento do fundo eleitoral. Questionado sobre o que faria, o vice respondeu:

Você viu?

— Eu vetaria

Sem decisão

Nesta segunda-feira, Bolsonaro voltou a sair em defesa de parlamentares que votaram a favor do aumento do valor do fundo eleitoral. Um dia antes, ao ter alta do hospital em São Paulo, o presidente chamou o artigo na LDO de “casca de banana”. Ele, no entanto, não sinalizou se vetará ou sancionará o trecho. Segundo o presidente a decisão ainda será tomada.

Bolsonaro, novamente, responsabilizou o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que presidia a sessão de votação da LDO.

— Teve um destaque pra votar em separado os R$ 6 bilhões. O presidente em exercício lá de Manaus, como é o nome do cara? Tão insignificante que eu esqueci o nome dele, Marcelo Ramos, atropelou o regimento e não deixou votar. Agora cai pra mim, sancionar ou vetar. Tenho 14 dias úteis para decidir — disse Bolsonaro em conversa com apoiadores na manhã desta segunda-feira no Palácio da Alvorada.

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