Durante sessão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, nesta sexta-feira (16), o líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) defendia o voto impresso quando foi questionado de onde sairia o dinheiro para executar a reforma no sistema eleitoral.
"O governo quer manter e aprovar o voto impresso, o voto auditável", dizia Barros quando foi interrompido por outro deputado. "De onde vai tirar dois bilhões, Ricardo? Deixa de ser irresponsável. Vai tirar da vacina?", disse outro parlamentar via zoom. Como resposta, o líder do governo na Câmara deu apenas um sorriso. Veja:
Barros foi denunciado por Luis Miranda na CPI da Covid-19 por ser o suposto articulador da propina envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin. Na denúncia, o deputado disse que Ricardo Barros teria pressionado para a compra superfaturada do imunizante.
A auto-convocação da sessão desta sexta-feira, foi aprovada por 20 dos 34 deputados federais integrantes da comissão especial do voto impresso e tinha como objetivo votar a PEC 135/19 e derrubá-la antes mesmo do início do recesso, previsto para começar amanhã.
No entanto, a sessão foi marcada por quedas no sistema e deputados sobrepondo suas falas por questões de ordem. Em minoria na comissão, o presidente, Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), e o relator, Filipe Barros (PSL-PR), conseguiram adiar a votação, para impedir a derrubada da proposta.