Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e procurador-regional da União da 1ª Região, advogado Diogo Palau Flores dos Santos
Jefferson Rudy/Agência Senado
Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e procurador-regional da União da 1ª Região, advogado Diogo Palau Flores dos Santos

A gravação do ex-ministro Eduardo Pazuello divulgada nesta sexta-feira (16) pelo jornal Folha de S. Paulo contradiz o depoimento dado pelo general na CPI da Covid em maio deste ano. Na oitiva, Pazuello afirmou que não podia negociar doses de vacina da Pfizer porque isso era função do "nível administrativo, não do ministro".

A publicação feita pelo jornal mostra que Pazuello negociou 30 milhões de doses da Coronavac com intermediadores por quase o triplo do preço oferecido pelo Instituto Butantan  no tempo em que ainda ocupava a chefia da Saúde.

Quando esteve na CPI, no entanto, ao ser questionado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) sobre o motivo de ele não ter "tomado o comando" na negociação com a farmacêutica Pfizer , Pazuello disse que a função não cabia ao ministro.

"Pela simples razão de que eu sou o dirigente máximo, eu sou o decisor, eu não posso negociar com a empresa. Quem negocia com a empresa é o nível administrativo, não o ministro. O ministro jamais deve receber uma empresa, o senhor deveria saber disso", respondeu.

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Na ocasião, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) rebateu a fala do general e disse que a agenda dele mostrava que ele esteve em reuniões com a diretoria da Pfizer e da Janssen.

A gravação revelada pela Folha está em posse da cúpula da Comissão, que investiga os atos do Governo Federal na pandemia da Covid-19

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