Mayra Pinheiro, a ‘Capitã Cloroquina’, sugeriu a Eduardo Pazuello a criação do aplicativo TrateCov no mesmo dia em que o ministério realizou uma reunião sobre os planos estaduais de vacinação contra a Covid.
A informação consta de atas e listas de presença obtidas nesta segunda-feira (12) por O Antagonista por meio da Lei de Acesso à Informação.
O aplicativo TrateCov , já desativado, recomendava remédios sem eficácia contra a Covid.
Na manhã de 6 de janeiro, parte da equipe do ministério realizou uma “Reunião sobre a elaboração do Plano estadual de operacionalização da campanha de vacinação contra a Covid-19”.
Eduardo Pazuello disse à CPI da Covid que foi nesse dia que “a Secretária Mayra, quando voltou de Manaus, trouxe a sugestão de nós fazermos uma plataforma, uma calculadora que facilitasse o diagnóstico”.
Mayra não esteve na reunião sobre os planos de vacinação . Na tarde daquele dia, ela compareceu ao encontro sobre a “Missão Amazonas”, para apresentar ao ministério o relatório da visita ao estado.
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A sugestão sobre o TrateCov não consta da ata. Está escrito, contudo, que foi “[i]dentificada fragilidade na organização da Rede de Atenção à Saúde do estado que necessita de apoio institucional”.
E mais: “Destaca-se que as mesmas fragilidades e necessidades identificadas durante a visita já haviam sido apontados no início da pandemia, em 2020, sem avanços organizacionais por parte do estado”.
O encontro entre ministro e secretária não consta da agenda oficial de nenhum dos dois. A agenda pública de Mayra para 6 de janeiro está vazia.
A de Pazuello registra encontros com o presidente Bolsonaro, o ministro da Saúde da Índia e o governador do Amazonas .