O advogado criminalista Kakay
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O advogado criminalista Kakay

Em artigo publicado nesta sexta-feira (09) no site 'Poder 360', o advogado e colunista do Portal iG Antônio Carlos de Almeida Carvalho, Kakay, criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para o advogado, os poderes constituídos têm a obrigação de responder as 'intimidações e ameaças' feitas pela família Bolsonaro.

"O presidente da República é um covarde", começa Kakay. "Esconde-se atrás da autoridade do cargo para ameaçar, destratar, caluniar e injuriar as pessoas e as instituições. Por estar desestruturado emocionalmente, pois sabe os crimes que cometeu, e, naturalmente, preocupado com a prisão não só dele, mas dos filhos, perde completamente a dignidade do posto com ameaças de baixíssimo nível que profere", escreveu.

"Resta a todos nós resistir, pois as intimidações, ainda que vulgares e chulas, ao estilo dele e da família miliciana, quando feitas por um presidente em exercício são ameaças à estabilidade democrática. Não se trata mais de um fascista frustrado, um ex-deputado medíocre e militar expulso do Exército, mas sim de um inimputável no exercício da Presidência da República! A sociedade organizada e os poderes constituídos têm a obrigação de responder à altura esses despautérios", completou.

Segundo Kakay, as falas e ideias proferidas por Bolsonaro caracterizam um possível golpe de Estado.

"Não tenhamos mais dúvidas: se depender do que fala o presidente da República, há um golpe em curso. Ele é tão incompetente que anuncia o golpe. Ele é a piada dele mesmo, mas temos que levar em consideração que esse piadista chegou à Presidência! Daí para ser o que sempre propôs, a ditadura, a morte e a tortura, não está tão longe", disse.


O advogado afirma ainda que as milhares de mortes causadas pela pandemia do novo coronavírus não sensibilizaram os apoiadores do governo.

"As milhares de mortes, os milhões de desempregados e as pessoas passando fome em razão da política econômica desse governo nunca sensibilizaram a elite bolsonarista. Ninguém com nome e CPF da burguesia bolsonariana morria de fome. Agora, a morte não tem classe. Os negacionistas, que repelem a vacina em nome do assassino que dirige país, morrem também. A fome e o desemprego não os sensibilizam, mas a dor da perda é demasiadamente humana", encerrou.

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