Um dos nomes que assinou o 'superpedido' de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última quarta-feira
, o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay,
se refere ao chefe do executivo como 'serial killer'.
Em coluna assinada no site Poder 360, o advogado diz que, quando assumiu a presidência, Bolsonaro passou a fazer "exatamente aquilo que havia prometido a vida toda: apologia à tortura, misoginia, perseguição às minorias, tentativas de fechamento do Congresso e do Supremo, desarme da cultura, do meio ambiente, dos direitos humanos e um elogio à barbárie institucionalizada".
"Quando Bolsonaro resolveu assumir, orgulhosamente, que ele é o senhor da morte, o cultor da dor, o responsável pelo caos que o país enfrenta na crise sanitária, o gozador brincalhão da desgraça alheia e o autor, como um serial killer, de crimes de responsabilidade em série, ficou claro que o impeachment era uma necessidade. Urgente", diz Kakay.
Além do 'superpedido', que reúne 23 acusações de crimes de responsabilidade, outros 122 foram protocolados na Câmara dos Deputados desde o início do mandato do presidente . Assim como o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, o atual, Arthur Lira (PP-AL), não deu andamento a nenhum deles pois, segundo ele, não há "disposição política" para tal.
"É o 1º caso, no mundo, de um presidente da República que se porta como um serial killer em matéria de impeachment. Os argumentos jurídicos estão sobejamente demonstrados", argumenta Kakay.
"Esse pedido de impeachment é uma oportunidade que nós estamos nos dando de sermos felizes. Se for difícil ser feliz, nós teremos tido a chance enorme de ter tentado."