Diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias foi acusado de pedir propina para fechar contrato de compra de vacinas da Astrazeneca , como revelado pela Folha de S. Paulo nesta terça-feira (29) .
Conforme o jornal, o representante da Davati Medical Supply, Luiz Dominguetti, disse ter recebido o pedido de propina de US$ 1 por dose de imunizante para fechar o contrato com a pasta . A cobrança, segundo ele, teria sido feita por Dias em um jantar em Brasília.
A nomeação de Roberto Dias se deu no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quando a pasta da Saúde ainda era liderada pelo ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Apontado como indicação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), ele foi nomeado em 8 de janeiro de 2019. Barros, no entanto, disse desconhecer "totalmente" a denúncia de propina e afirmou que Dias não foi sua indicação.
Em outubro de 2020, Bolsonaro pediu a retirada da tramitação de Dias para o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), substituindo Alessandra Bastos Soares.
De acordo com publicação do Diário Oficial da União (DOU) em fevereiro deste ano, Dias é apontado como signatário dos contratos firmados pelo Ministério da Saúde para a compra dos imunizantes Sputnik (de R$ 693,6 milhões) e Covaxin (de R$ 1,6 bilhão).
Como apurado pela CNN Brasil, a pasta divulgou que Dias será exonerado do cargo e a decisão deve sair amanhã no Diário Oficial da União (DOU) .