O Supremo Tribunal Federal (STF), foi acionado nesta terça-feira (22), por Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos. O empresário recorreu ao órgão para impedir a quebra de seus sigilos, determinada pela CPI da Covid . A Precisa é a empresa que intermediou a compra da vacina Covaxin, da farmacêutica indiana Bharat Biotech.
Maximiano deporia à CPI nesta quarta-feira (23), mas comunicou que não comparecerá a audiência alegando estar cumprindo uma quarentena obrigatória, já que retornou da Índia na semana passada.
Segundo a CNN, sete dias antes de assinar o contrato para o fornecimento da vacina indiana Covaxin, a Precisa Medicamentos, que também representa a companhia Cupid Limited em um contrato para a aquisição de preservativos femininos, acrescentou aditivo contratual neste processo que dobrou o valor da licitação junto ao Ministério da Saúde.
O Itamaraty enviou à Comissão documentos que revelaram que o valor negociado pelo governo brasileiro para a compra da vacina indiana Covaxin foi 1000% superior ao estimado por executivos da Bharat Biotech, em agosto do ano passado.
O Supremo tem acumulado pedidos sobre a revisão de quebras de sigilos desde que a CPI da Covid começou a pedi-las. As ações foram distribuídas entre os ministros do STF, com magistrados adotando conclusões divergentes a respeito dos poderes e limites da comissão nesse processo de investigação.