Presidente Jair Bolsonaro atacou jornalista nesta segunda-feira (21)
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Presidente Jair Bolsonaro atacou jornalista nesta segunda-feira (21)

A cúpula da CPI da Covid prestou solidariedade à jornalista Laurene Santos, da TV Vanguarda, afiliada da Rede Globo no Vale do Paraíba, que foi agredida verbalmente pelo presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira . Em nota conjunta, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e integrantes da oposição afirmaram que "tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas a democracia brasileira".

"As Senadoras e Senadores desta Comissão manifestam solidariedade à jornalista Laurene Santos, que hoje, enquanto trabalhava, foi submetida a uma reação, no mínimo, desproporcional do presidente da República a uma pergunta legitimamente feita pela repórter. A agressão do senhor presidente da República não foi apenas à jornalista Laurene, mas a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia que atingiu mais de 500 mil famílias desde o início da Pandemia, no ano passado", diz trecho da nota.

Além de Aziz, Renan e Randolfe, também assinam o documento os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Rogério Carvalho (PT-SE).

O grupo também destacou que os responsáveis pelo agravamento da pandemia no Brasil "pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches". "Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam e nem prescreveram", escreveram.

Em outra nota, feita individualmente, o presidente da CPI, Omar Aziz, desejou "os melhores sentimentos" para a jornalista Laurene Santos e disse que "o jornalismo sério é fundamental em qualquer democracia e os que fazem disso sua lida devem ser respeitados". Para Aziz, Bolsonaro deu "um show de misoginia".

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"Espero que os ‘defensores’ da médica Nise Yamaguchi se solidarizem com a jornalista e que os advogados dela processem o senhor Jair Bolsonaro pelo show de misoginia desta tarde. Laurene não esmoreça. Seu trabalho é importante para o Brasil melhor que todos sonhamos". afirmou o presidente do colegiado.

Após solenidade em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, durante a qual Bolsonaro havia tirado a máscara ao posar para fotos e cumprimentar os formandos, o presidente se irritou ao ser questionado pela imprensa sobre ter sido multado pelo governo de São Paulo pela ausência de proteção durante uma manifestação na capital paulista.

Nesse momento, Bolsonaro tirou a máscara e mandou a repórter Laurene Santos "calar a boca" e se recusou a respondê-la. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) , que acompanhava o presidente, também retirou a proteção. Novamente perguntado sobre o assunto, por repórter da CNN Brasil, ele passou a defender o chamado "tratamento precoce" para a Covid-19, que não tem comprovação científica.

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