Na sessão da CPI da Covid desta terça-feira (15), o senador Jorginho Mello (PL-SC) fez críticas ao ex-secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo , ouvido pela Comissão na tarde de hoje, e disse que sua gestão foi "uma tragédia".
"O senhor é engenheiro, deve ter aptidões para ser um bom engenheiro, mas como secretário o senhor foi muito mal. O senhor não contribuiu para com a pandemia. O senhor não tem muita segurança no que fala, talvez para não se comprometer. Foi uma lástima a sua gestão", disse ele quando questionou Campêlo sobre a crise de oxigênio que atingiu Manaus no início do ano.
"Não faltou dinheiro, o que faltou foi ação, o que faltou foi planejamento. O senhor não tinha nada. Os senhores [disse em relação ao governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC)] estavam brincando com a saúde do povo do Amazonas. Por isso que eu lamento. Eu lamento a sua participação aqui, que foi pobre, não esclareceu muita coisa", continuou.
O senador também criticou o fato do governador Wilson Lima estar protegido por um habeas corpus , concedido pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, que o autoriza a não comparecer à CPI . O depoimento do governador estava agendado, inicialmente, para acontecer na última quinta-feira (10) e foi desmarcado.
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"O governador perdeu a oportunidade de estar aqui para dizer alguma para nós, mas ele foi se esconder pedindo ao Supremo Tribunal para que ele não pudesse vir aqui e jogou aqui para vir para cá, dar essas informações que o senhor deu aqui, que não acrescentou em absolutamente nada. Então, eu não tenho mais pergunta a fazer para o senhor, a não ser a lamentar", concluiu Mello.
Mais cedo, o senador também questionou Campêlo sobre supostas compras irregulares de respiradores por empresa que vendia vinhos, mas ele disse que quando assumiu o cargo, a transação já havia sido feita e ele não participou no processo.
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