O auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, suspeito de ter feito um estudo paralelo sobre mortes por Covid-19 e que será investigado pelo TCU
, foi indicado pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para uma diretoria no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A indicação foi barrada pelo próprio tribunal. A informação é do comentarista Valdo Cruz, da Globo News.
De acordo com Cruz, quando a indicação foi barrada, o presidente chegou a ligar para o então presidente do TCU, José Múcio, pedindo que o servidor fosse liberado para o cargo no BNDES. Mas, na ocasião, o Tribunal avaliou não ser possível ceder o servidor.
"Como um servidor de um tribunal que investiga o governo é cedido para comandar uma diretoria do banco, [haveria] conflito de interesses. Na época, o presidente José Múcio não autorizou que o servidor fosse cedido", disse um ministro do tribunal ao comentarista.
Alexandre Marques é considerado um aliado do presidente Bolsonaro no tribunal e, na época da indicação, a informação era de que havia sido indicado pelos filhos do presidente para assumir a diretoria do BNDES.
O relatório do auditor sobre a Covid, aponta uma suposta "supernotificação" no número de mortes e foi usado por Bolsonaro na última segunda-feira, 07, como argumento para afirmar que a pandemia vem sendo usada para governadores conseguirem mais dinheiro. No mesmo dia, o TCU desmentiu o presidente
e negou ter produzido o documento.
Na terça-feira, Bolsonaro afirmou ter errado em relação ao TCU, mas manteve o discurso sobre a "supernotificação" e os governadores
. O tribunal vai investigar o auditor, já que o documento produzido apresenta "análise pessoal".
- Com informações do G1.