CPI da Covid-19

Veja o que já aconteceu até o momento em 14 stories

Mesa diretora e depoimentos

Presidida por Omar Aziz (PSD-AM), vice-presidida por Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e com relatoria de Renan Calheiros (MDB-AL), a CPI da Covid já ouviu 10 testemunhas até o momento.

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde

Revelou a existência de um "Ministério Paralelo" que orientava Bolsonaro em assuntos de Saúde na pandemia, sem seguir critérios científicos. Apesar da revelação, ele disse não saber quem são os responsáveis. O presidente da CPI chegou a dizer que Mandetta mentiu sobre isso.

O Antagonista

Nelson Teich, ex-ministro da Saúde

Disse que deixou o ministério por não possuir autonomia suficiente para tomar as decisões que achava necessárias. Alegou que Bolsonaro possuía um "entendimento diferente, que ele era amparado por outros profissionais". Disse que faltou estratégia do Planalto para compra de vacinas.

Jefferson Rudy/Agência Senado

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde

Se omitiu sobre o uso de cloroquina e a gestão Bolsonaro da pandemia. Ele disse acreditar que é necessário mais empenho do governo para conseguir, junto a outros países, mais vacinas. Queiroga vai ser reconvocado a depor.

Jefferson Rudy/Agência Senado

Antonio Barra Torres, presidente da Anvisa

Revelou que o Governo Federal tentou alterar a bula da cloroquina para passar a indicá-la, de maneira errada, para tratamento da Covid-19. Barra Torres também criticou declarações de Bolsonaro e defendeu veto à Sputnik V, produzida pela Rússia.

Edilson Rodrigues/Agência Senado

Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação

Havia falado à imprensa sobre "incompetência" de Pazuello, mas mudou seu discurso na CPI. Wajngarten foi acusado de mentir diversas vezes. O senador Renan Calheiros chegou pedir a prisão dele por não falar a verdade em testemunho.

Pedro França/Agência Senado

Carlos Murillo, gerente geral da Pfizer na América Latina

Informou que o Governo Bolsonaro ignorou 5 ofertas de vacinas a partir de agosto de 2020. A farmacêutica afirmou ter oferecido até 70 milhões de doses em 2020, das quais 500 mil chegariam ainda naquele ano. O contrato só foi fechado em março de 2021 e a vacinação só começou em maio.

Divulgação/Agência Senado/Jefferson Rudy

Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores

Foi acusado de mentir na CPI, ao negar suas declarações contra a China e os atritos que provocou com o país. Confirmou ter mobilizado o Itamaraty para compra de hidroxicloroquina, sob orientação do presidente Jair Bolsonaro.

Divulgação/Agência Senado/Jefferson Rudy

Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde

Disse jamais ter recebido ordens de Bolsonaro para nada. Responsabilizou Mayra Pinheiro, secretária do Ministério, pelo aplicativo TrateCov. Afirmou só ter sido informado da crise do oxigênio de Manaus no dia 10 de janeiro. Pazuello foi acusado de mentir e vai ser reconvocado.

O Antagonista

Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde

Conhecia como "Capitã Cloroquina", a médica continuou a defender o uso do medicamento no tramento da Covid-19, mesmo sem apresentar evidências científicas. Contradisse Pazuello e informou que o Ministério soube no dia 8 de janeiro da crise do oxigênio de Manaus,

Divulgação/Agência Senado/Leopoldo Silva

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan

Revelou documentos que provam que o Brasil poderia ter começado a vacinar em dezembro de 2020, antes de todos os países do mundo. Segundo ele, 50 milhões de pessoas poderiam ter sido vacinadas até maio, com as duas doses. Afirmou que as declarações de Bolsonaro travaram as negociações com o Ministério da Saúde.

Divulgação/Agência Senado/Jefferson Rudy

Novas convocações

Serão convocados a depor Arthur Weintraub, que pode ter sido liderança no "Ministério Paralelo", e Luana Araujo, secretária que deixou o ministério nas últimas semanas, após passar apenas 10 dias no cargo.

reprodução / Twitter

Governadores

A comissão decidiu convocar também 9 governadores e 1 ex-governador a depor. São eles: Wilson Lima, do Amazonas; Waldez Góes, do Amapá; Helder Barbalho, do Pará; Marcos Rocha, de Rondônia; Antonio Denarium, de Roraima; Ibaneis Rocha, do Distrito Federal; Mauro Carlesse, de Tocantins, Wellington Dias, do Piauí; Carlos Moisés, de Santa Catarina; e o es-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Divulgação/Agência Senado/Edilson Rodrigues