CPI da Covid: Ernesto Araújo admite que não atuou para compra da Coronavac

Ex-chanceler defendeu que a importação e tratativas com o governo Chinês deveria ser feita apenas pelo Instituto Butantã, em São Paulo, para produção da coronavac

Foto: Agência Senado/Edilson Rodrigues
Ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo admitiu que o Ministério das Relações Exteriores não se envolveu nas negociações para a compra da vacina Coronavac durante a gestão dele.

"As Vacinas CoronaVac estão sendo importadas pelo Instituto Butantan, e as tratativas, segundo entendo, são diretamente entre o Instituto Butantan e os fornecedores chineses, pelo menos durante a minha gestão foi assim", afirmou Araújo.

O ex-ministro ainda argumentou que, atualmente, estão sendo importandos insumos da China. "A China também é o país onde se produzem os insumos que estamos importando para a produção da vacina AstraZeneca no Brasil, antes de nos tornarmos autossuficientes também e não dependermos mais da importação de insumos. A China, por suas autoridades, já nos informou, inclusive publicamente, que o Brasil é o país que mais recebeu insumos e vacinas produzidos pela China", completou o ex-chanceler.