Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles
José Cruz/Agência Brasil
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles

A operação da Polícia Federal contra o ministro do Meio Ambiente , Ricardo Salles , deflagrada nesta quarta-feira (19), foi realizada sem uma consulta prévia ao procurador-geral da República Augusto Aras, como é a praxe nos procedimentos do tipo. Em seu despacho que autorizou a operação , o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) fosse informada do caso apenas após o cumprimento das diligências.

"Após o cumprimento das diligências, dê-se, imediata ciência à Procuradoria-Geral da República", escreveu Moraes, no despacho proferido no último dia 13 de maio. Nos bastidores, fontes que acompanharam o caso apontam que a PGR não foi informada previamente por receio de que Aras vazasse informações da operação para o Palácio do Planalto.

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Em nota, a PGR afirmou que "não foi instada a se manifestar sobre a medida, o que, em princípio, pode violar o sistema constitucional acusatório".

Geralmente, quando a PF solicita uma medida ao Supremo, o ministro pede um parecer da PGR a respeito do pedido policial. Só depois desse parecer do Ministério Público é que a operação costuma ser realizada. A mudança desse procedimento causou estranheza em integrantes da equipe de Aras.

Considerado um aliado por Bolsonaro , Aras está analisando um pedido de investigação contra Salles, protocolado no STF pelo ex-superintendente da PF do Amazonas Ricardo Salles, mas pediu explicações ao ministro antes de decidir se solicitaria a abertura de inquérito. A lentidão do PGR neste caso provocou desconforto entre investigadores da Polícia Federal.

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