O ministro da Defesa, Walter Braga Netto , disse nesta quarta-feira (5) em audiência na Câmara que o “Brasil não falhou no combate à Covid”.
Ele defendeu o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello , que é alvo da CPI da Covid no Senado, e afirmou que o ex-ministro adquiriu em sua gestão mais de 500 milhões de doses, que “só agora” começaram a ser entregues.
"O Pazuello teve a coragem moral de assumir, se cometeu erros, numa pandemia que é mundial (…) Nessa gestão do Pazuello, nós adquirimos mais 500 milhões de doses que elas começaram a chegar agora", afirmou Braga Netto, informando que acompanhou as negociações para compra imunizantes.
A atuação de Pazuello foi abordada pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que questionou se não é um “constrangimento” para o Exército ter que assinar um documento informando que o ex-ministro não prestaria depoimento à CPI nesta quarta-feira (5).
A oitiva do ex-ministro no Senado foi remarcada para dia 19 de maio após ele informar que teve contato com oficiais infectados pelo coronavírus .
"Ele (Pazuello) puxa o Exército para a crise de credibilidade que vive o governo Bolsonaro e, principalmente, agora no furacão da CPI", disse Perpétua Almeida, que também indagou sobre a declaração do ex-ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta em relação à produção, em laboratório do Exército, de remédios sem nenhuma eficácia comprovada.
Na sessão, o ministro da Defesa disse que “não comenta” declarações. Os questionamentos da deputada petista foram classificados pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) de “esculhambação”.
"Esse será o tratamento a ser dado ao senhores (militares) assim que entrarem na reserva", disse Eduardo Bolsonaro.
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Braga Netto está acompanhado dos comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, respectivamente: almirante de Esquadra, Almir Garnier Santos; general de Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; e tenente-brigadeiro do ar, Carlos de Almeida Baptista Junior.