O promotor Carlos Gustavo Coelho de Andrade pediu à Justiça, na última segunda-feira (12), que a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) seja proibida de citar testemunhas do processo no qual responde pela morte do marido , o pastor Anderson do Carmo . A solicitação é para que a parlamentar seja impedida de fazer a menção em qualquer manifestação pública, "seja em mídias impressas, radiofônicas, televisivas ou qualquer outra forma de comunicação pública".
Em dezembro do ano passado, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, já havia proibido, a pedido do mesmo promotor, que Flordelis citasse testemunhas em mídias sociais . A solicitação para que a proibição fosse estendida a qualquer manifestação pública foi motivada por uma entrevista concedida pela deputada ao portal Metrópoles, na qual ela cita a testemunha Regiane Rabelo .
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Na entrevista, Flordelis diz que pretende processar Regiane e afirma que usa tornozeleira eletrônica por causa de uma mentira contada pela testemunha. Em setembro do ano passado, uma bomba caseira foi jogada na casa de Regiane. A Polícia Civil apura o episódio.
“Pretendo (processar) sim. Eu quero saber da bomba que ela diz que foi jogada na casa dela. Cadê as provas, que até agora não foram apresentadas? Cadê o buraco da bomba? Foi para matar? Para destruir? Por causa dessa mentira eu carrego uma tornozeleira eletrônica até hoje. A minha perna esquerda está marcada até hoje, sinto dor na perna esquerda, tenho que tomar remédio. Vou carregar a marca para o resto da minha vida por causa de uma mentira que ela criou”, disse a deputada na entrevista.
No pedido feito para impedir que Flordelis cite testemunhas, o promotor Carlos Gustavo alega que "a conduta da acusada traz manifesto prejuízo à instrução criminal". A petição foi encaminhada à juíza Nearis dos Santos, que ainda não decidiu sobre o pedido. Também não consta, no processo, manifestação da defesa de Flordelis sobre a solicitação.